17/05/2021

Review: Super Mario Odyssey


O malvado Bowser sequestrou a princesa Peach (de novo!) e cabe ao nosso herói bigodudo favorito a tarefa de salva-la, dessa vez contando com uma mecânica inédita e inovadora de arremessar o chapéu para controlar os inimigos!






Super Mario Odyssey - Crítica 

Desde o clássico Mario Bros. de 1983, o encanador mais famoso do mundo tem divertido gerações com seus pulos precisos, arremessando cascos de tartaruga ou ficando grandão ao comer um cogumelo. Muitos vão dizer que nos dias de hoje a chamada "fórmula Mario" está desgastada, mas é aí que entra o gênio criativo de Shigeru Miyamoto, o criador de Mario, Zelda e tantos outros, sempre adicionando coisas novas a cada novo game da série.

Em Super Mario Odyssey temos o mesmo começo manjado do Bowser sequestrando a princesa Peach para se casar com ela, a diferença é que o vilão dessa vez viaja para além do mundo dos cogumelos, obrigando Mario a utilizar uma espécie de nave, a Odyssey do título, para seguir em seu encalço. Essa premissa permite que novos cenários sejam apresentados, incluindo um inédito que lembra muito Nova York com "pessoas reais", uma praia, um deserto, uma fase com montanhas de gelo e até uma selva com dinossauros!

Cenário vastos, visual incrível!

Todos os cenários são de mundo aberto, estilo Mario 64, com vários caminhos a percorrer e lugares a explorar (muitos deles secretos). Os gráficos, totalmente em 3D, fazem tudo parecer mais vivo e dinâmico, uma vez que é possível interagir com praticamente tudo e todos e chegar a quase qualquer lugar que a vista alcance. Inclusive, em alguns pontos é possível utilizar um telescópio que dá uma visão aérea, com direito a zoom, de todo o mapa em cada fase, destacando a missão principal, que normalmente consiste em enfrentar algum chefe. 

Além disso é preciso coletar um determinado número de luas (estrelas), que varia de um mundo para outro, com o objetivo de gerar "combustível" para a nave. Só assim você conseguirá sair dali e partir para a próxima fase. 

Missões paralelas podem valer luas

Mas isso está longe de ser cansativo, pois o design das fases é tão bem feito e divertido que dá vontade de explorar cada canto em busca de segredos e coisas novas para fazer. Além de caçar as luas pelo cenário, existem muitas pequenas missões espalhadas pelo caminho e ao cumpri-las você ganha recompensas como moedas normais (que servem para dar um "continue" nas sua vidas), moedas especiais (que servem para comprar itens) e, muitas vezes, as próprias luas.

Cada fase possui um estilo gráfico próprio que pode ser mais cartunesco, como nas fases da praia e do deserto, ou mais realistas como na cidade grande e na área do castelo medieval. Em alguns trechos das fases também aparecem os gráficos pixelados, estilo o dos joguinhos da era dos 8 bits, trazendo junto aquela movimentação lateral, pulos altos e outras características dos games mais antigos.

Novo cenário, inspirado em Nova York

O visual e a trilha sonora sempre foram pontos fortes nos games do Mario, e isso mais uma vez se confirma neste jogo. Além de ser o primeiro título em full HD da série (com um pouco menos de resolução na tela portátil), Super Mario Odyssey usa e abusa de efeitos na tela, tais como raios de energia elétrica, cenários com gravidade alterada, efeitos de água realistas, placas que acendem em neon, e tantos outros. As músicas também estão muito variadas e com uma qualidade incrível, com direito a muitas coisas inéditas e ótimas, antigas trilhas da série com novas roupagens, temas em sons de jazz, e até um belo tema cantado que lembra uma abertura de anime!


Fãs da série vão reconhecer muitas homenagens a games anteriores, que podem vir na forma de personagens, itens, mecânicas ou nas próprias fases mesmo. Mas há sim muita inovação nesse jogo.

Controlando inimigos

A principal delas está no novo companheiro de Mario, Cappy, um chapéu que é um ser vivo capaz de assumir outras formas e dá ao Mario o poder especial de controlar quase qualquer outro personagem no mapa, incluindo inimigos. 

O mais legal é que não é só a aparência que muda, quando Mario assume o papel de um pica-pau, por exemplo, ele é capaz de furar paredes e escalar usando seu bico, quando vira um peixe ele nada mais rápido na água sem ter de se preocupar em respirar, e quando vira um T-rex, bem ele fica enorme e destrói tudo na sua frente, afinal ele é um T-rex!

Ou seja, as mudanças tem valor e muitas delas são fundamentais para resolver missões e acessar partes do cenário que com o Mario normal não seriam possíveis. 

Trocando de roupa

Outra coisa muito bacana de Super Mario Odyssey é a possibilidade de customizar o seu Mario. Cada fase possui um uniforme com temática própria, além de outras dezenas de opções de roupas e chapéus diferentes. Quase todas as fases tem uma espécie de lojinha que permite comprar esses itens por meio de moedas que você recolhe no próprio jogo e equipar na mesma hora. É possível também trocar de roupa na sua nave, desde que você já tenha comprado alguma.

Infelizmente, ao contrário das transformações, as roupas são adereços apenas estéticos e não proporcionam ao Mario nenhum poder especial, como a "roupa de gatinho" do Super Mario 3D World ou as clássicas "raposinha" e "flor de fogo".

Chefões memoráveis

A ausência de personagens clássicos como Luigi, Toad, e até de vilões como o fantasminha Boo e os filhos do Bowser, entre outros, é algo que não chega a atrapalhar mas causa alguma estranheza à princípio. Isso é justificado se levarmos em conta que a trama se passa fora do mundo dos cogumelos, mas mesmo com a adição de inúmeros novos personagens, senti falta dos antigos.

Em termos de chefes, esse game está muito bem servido. É fato que a família de coelhos, que substitui os filhos do Bowser como sub-chefes, são um pouco chatos e dão mais trabalho pra chegar até eles do que efetivamente para vence-los. Mas todos os outros são memoráveis, tais como o polvo, a ave gigante maluca que pensa que é cozinheira, a estátua maia, a aranha metálica, o dragão, e até um robozão estilo Megazord, além do próprio Bowser, que proporciona uma luta épica no final e uma grande surpresa logo a seguir.  

O velho Bowser vestido de noivo

Algo que os desenvolvedores fizeram mas a meu ver não funciona bem é o modo cooperativo para dois jogadores. Nesse modo, um jogador controla o Mario e o outro controla o chapéu Cappy. Sinceramente, isso só serve para um atrapalhar o outro. Sendo assim, recomendo jogar este game somente em modo solo ou, se for o caso, fazendo um revesamento com um amigo onde cada um joga um trecho do game. Assim a experiência vai ser muito melhor e divertida.

Ficha Técnica


Veredito: Desde o seu lançamento em Outubro de 2017, Super Mario Odyssey ainda é um dos melhores jogos do Nintendo Switch, ficando em pé de igualdade com o épico Z
elda: Breath of the Wild. Os fãs de Mario 64 vão se sentir à vontade nesse jogo, pois a jogabilidade e muito da estética lembram muito esse jogo, porém com gráficos atualizados, claro. Há inclusive uma linda homenagem logo depois dos créditos finais que vai emocionar muita gente que sente saudades do bom e velho título do Nintendo 64. Para quem jogou outros games da série, ou mesmo para os iniciantes, esse é um jogo que mantém a essência de tudo de melhor do que já vimos antes, mas que não deixa de inovar trazendo uma forma totalmente nova de jogar. Ou seja, se você tem um Nintendo Switch e gosta de Mario, esse é um daqueles títulos "obrigatórios". 




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