O habilidoso espião Twilight é instruído a construir uma família para se infiltrar em uma tradicional instituição de ensino. Mas a filha que ele encontra é uma paranormal que lê mentes! E a esposa é uma adorável assassina de aluguel!
Spy x Family 1 - Crítica (sem spoilers)
Publicado na conhecida revista japonesa "Shonen Jump" desde março de 2019, o mangá Spy x Family rapidamente se tornou um enorme sucesso, sendo publicado bimestralmente no Brasil, pela editora Panini, desde Setembro de 2020.
O autor Tatsuya Endo disse que, apesar de uma ou outra cena violenta, o que é comum ao tema de espionagem, a ideia principal do título é focar no humor e na interação entre os membros da família e com os demais personagens.
Ambientada no que parece ser a Europa entre os anos 1950/60, a trama se inicia com o agente secreto Twilight recebendo a missão de se aproximar de um importante e recluso político com ideias armamentistas para descobrir seus planos e impedir qualquer ação que coloque em risco a paz entre as nações vizinhas, e fictícias, Westelis e Ostania.
Para tanto, o experiente agente terá de encontrar uma mulher e uma criança que se passem por sua esposa e filha, criando assim uma família de mentira. É aí que as confusões, e a graça do mangá, realmente começam.
Neste primeiro volume, temos 5 capítulos, aqui chamados de missões, que mostram Twilight assumindo a identidade do psiquiatra Loid Forger, e "recrutando" a pequena Anya, que vivia num orfanato muito sinistro, e a estranha Yor, uma funcionária pública que faz um acordo com Loid, compondo assim a simpática família Froger.
O objetivo de Loid é conseguir aprovar Anya do renomado Colégio Eden, uma escola onde somente os melhores entre os melhores podem frequentar, e fazer com que Anya se aproxime do filho de seu alvo, o lunático Donavan Desmond.
Spy x Family traz a essência de produções que misturam a ação e as reviravoltas do mundo da espionagem com as inusitadas situações cotidianas de uma família que ainda precisa se ajustar, lembrando muito filmes como Sr. & Sra. Smith e o clássico True Lies. Essa sensação é reforçada pelo fato de que cada membro da família esconde um segredo, que não é do conhecimento dos outros. Loid, por exemplo, não revela a ninguém que é um agente secreto, a recatada Yor é, na verdade, a temida assassina de aluguel conhecida como "Princesa dos Espinhos", e a jovem e inocente Anya é uma poderosa telepata, capaz de ler a mente de qualquer pessoa (o que faz com que, obviamente, ela seja a única a conhecer o segredo de todos).
A bela arte de Tatsuya Endo mostra, num traço leve e elegante, detalhes de uma paisagem européia bastante imersiva, e expressões que passam muito da personalidade de cada membro da família, e seus coadjuvantes.
Twilight tem aquela "cara de paisagem" que se encaixa na maioria das situações e permite que ele passe despercebido, como convém a qualquer espião. Yor se surpreende a cada gesto nobre de seu "esposo", ao mesmo tempo em que ele se espanta com a incrível agilidade e habilidades dela. O jeito envergonhado e caridoso de Yor, contrasta com a postura fria e objetiva que ela assume quando está em ação. Outros personagens como o descolado informante Franky e o exigente professor Henderson também tem seus perfis muito bem trabalhados. Mas o destaque vai mesmo pra fofura da pequena Anya, que esbanja carisma e garante as maiores risadas, e doses de emoção, com a sinceridade de seus pensamentos e o seu irresistível desejo de ser feliz e ter uma família de verdade.
O autor sabe muito bem criar situações que prendem e empolgam o leitor, seja pela atuação do casal nos momentos em que precisam agir, ainda que sem despertar suspeitas um no outro, seja pelas cenas de humor, que muitas vezes beiram ao absurdo, mas são muito divertidas e tornam a leitura bastante agradável.
Ficha Técnica
Veredito: Spy x Family é, sem dúvida alguma, um dos melhores mangás sendo publicados atualmente no Brasil. A mistura de humor com uma boa trama de espionagem, e ótimos personagens, torna a leitura de cada capítulo uma diversão prazerosa, que nos faz torcer e ansiar pelo sucesso de cada missão, justificando o fenômeno que a obra rapidamente se tornou no Japão, seu país de origem. Com uma bela arte, um roteiro muito criativo e protagonistas com motivações bastante genuínas, o autor Tatsuya Endo consegue, já nesse primeiro volume, cativar os leitores que gostam de um material mais bem humorado, e de excelente qualidade.
Resenha escrita, produzida e publicada por Marcelo Cardoso em 24/05/2021.
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