29/06/2021

Review: Superman - Brainiac


Um dos maiores inimigos do homem de aço está de volta e desta vez a briga promete ser muito pessoal. Brainiac acredita que todas as relíquias de Krypton devem estar sob seu poder e isso inclui o Superman e a Supergirl!






Superman: Brainiac - Crítica 

No Planeta Diário, Clark precisa lidar com o retorno da provocativa Cat Grant e a chegada de Steve Lombard, um fanfarrão que assume o caderno de esportes do jornal. Pouco depois, Superman vai ao encontro de um estranho meteoro vindo do espaço, que revela ser, na verdade, uma sonda enviada por Brainiac. A captura da sonda desperta em Supergirl as lembranças de um ataque de Brainiac à Krypton, onde o coluano teria sequestrado a cidade de Kandor. Decidido a comprovar a história de Kara, o herói viaja ao espaço em busca de seu inimigo.

Assim tem início um dos mais ferozes confrontos do Homem de Aço nos últimos anos. 


O roteirista Geoff Johns deveria ganhar um prêmio da DC só por acertar a cronologia de tantos personagens complicados que a editora possui. O "pepino" da vez é um dos inimigos mais perigosos do Homem de Aço em todos os tempos: Brainiac. O vilão já teve tantas versões e interpretações que parecia quase impossível atualizá-lo para um novo público sem desconsiderar o trabalho realizado por outros autores para o personagem no passado. Mas, Johns já provou ser um profundo conhecedor do universo DC e possuir a rara habilidade de lançar luz sobre seus cantos mais obscuros.

Sendo assim, o escritor teve uma ideia simples e totalmente eficaz: todas as encarnações anteriores de Brainiac existiram e confrontaram Superman, mas nenhuma delas era O verdadeiro vilão e sim sondas ou clones enviados a Terra para procurar o kryptoniano. Procurar o Superman? Por quê? É isso que o roteirista se propõe a explicar no arco em cinco partes que está sendo publicado, na íntegra, nesta edição.


Ao mostrar Krypton sendo invadida por uma horda de robôs e a imensa nave de Brainiac coletando a cidade de Kandor, pouco antes da destruição do planeta, o autor não apenas cria uma importante ligação entre os dois antagonistas, como também lança no ar a suspeita de que o vilão poderia ser o real responsável pela tragédia que se abateu sobre os kryptonianos. 

Retratado por Johns como um colecionador frio e de recursos praticamente ilimitados, Brainiac luta de igual para igual com o Superman e deixa o herói atemorizado ao insinuar que pretende capturar também sua prima, a Supergirl. A ameaça se estende a todos aqueles que o Superman mais ama, o que torna o conflito bastante pessoal.


Para ilustrar tudo isso, Geoff Johns recheia a pancadaria desenfreada do Super contra Brainiac com diálogos inteligentes e interpretações marcantes. O controle do combate, e da situação, muda de lado diversas vezes, e o leitor nunca sabe o que esperar ao virar a próxima página. Até a Supergirl, quase sempre renegada ao segundo plano, aparece muito bem e desempenha um papel fundamental na trama. Na verdade, todos os coadjuvantes estão muito bem representados e ajudam a dar maior profundidade às cenas. 


O único senão do roteiro é a baixa de um personagem cuja sina parece ser morrer sempre de forma trágica em todas as versões em que aparece. Isso não chega a ser uma falha que desmereça a obra, mas acredito que, da forma como foi apresentado, me pareceu um recurso desnecessário e até subaproveitado, embora reconheça seu alto valor dramático.

Falando um pouco dos desenhos, Gary Frank executa uma arte limpa, detalhista e cinematográfica, de modo que é possível sentir cada emoção marcada nos rostos dos personagens como se eles fossem de carne e osso. A sequência final dispensa qualquer texto, sendo plenamente compreendida no belo traço do artista.

Essa obra foi publicada no Brasil em versão encadernada pela Panini (que está fora de catálogo e ainda não teve reimpressão), e pela Eaglemoss, com extras, na coleção DC Graphic Novels.


Ficha Técnica


VereditoO arco "Brainiac" não deve ser encarado como um clássico inquestionável do Superman, mas sim apreciado como uma das melhores histórias pré-reformulação dos Novos 52, tanto pela excelência de seu roteiro e arte, quanto pelo fato de ser, sem dúvida, um dos melhores confrontos do Super contra este vilão. Recomendo a todos os fãs do herói, inclusive aos iniciantes, uma vez que não é preciso ter lido nenhuma outra HQ do herói para compreender a história. 




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