Um dos maiores inimigos do homem de aço está de volta e desta vez a briga promete ser muito pessoal. Brainiac acredita que todas as relíquias de Krypton devem estar sob seu poder e isso inclui o Superman e a Supergirl!
Superman: Brainiac - Crítica
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No Planeta Diário, Clark precisa lidar com o retorno da provocativa Cat Grant e a chegada de Steve Lombard, um fanfarrão que assume o caderno de esportes do jornal. Pouco depois, Superman vai ao encontro de um estranho meteoro vindo do espaço, que revela ser, na verdade, uma sonda enviada por Brainiac. A captura da sonda desperta em Supergirl as lembranças de um ataque de Brainiac à Krypton, onde o coluano teria sequestrado a cidade de Kandor. Decidido a comprovar a história de Kara, o herói viaja ao espaço em busca de seu inimigo.
Assim tem início um dos mais ferozes confrontos do Homem de Aço nos últimos anos.
O roteirista Geoff Johns deveria ganhar um prêmio da DC só por acertar a cronologia de tantos personagens complicados que a editora possui. O "pepino" da vez é um dos inimigos mais perigosos do Homem de Aço em todos os tempos: Brainiac. O vilão já teve tantas versões e interpretações que parecia quase impossível atualizá-lo para um novo público sem desconsiderar o trabalho realizado por outros autores para o personagem no passado. Mas, Johns já provou ser um profundo conhecedor do universo DC e possuir a rara habilidade de lançar luz sobre seus cantos mais obscuros.
Sendo assim, o escritor teve uma ideia simples e totalmente eficaz: todas as encarnações anteriores de Brainiac existiram e confrontaram Superman, mas nenhuma delas era O verdadeiro vilão e sim sondas ou clones enviados a Terra para procurar o kryptoniano. Procurar o Superman? Por quê? É isso que o roteirista se propõe a explicar no arco em cinco partes que está sendo publicado, na íntegra, nesta edição.
Ao mostrar Krypton sendo invadida por uma horda de robôs e a imensa nave de Brainiac coletando a cidade de Kandor, pouco antes da destruição do planeta, o autor não apenas cria uma importante ligação entre os dois antagonistas, como também lança no ar a suspeita de que o vilão poderia ser o real responsável pela tragédia que se abateu sobre os kryptonianos.
Retratado por Johns como um colecionador frio e de recursos praticamente ilimitados, Brainiac luta de igual para igual com o Superman e deixa o herói atemorizado ao insinuar que pretende capturar também sua prima, a Supergirl. A ameaça se estende a todos aqueles que o Superman mais ama, o que torna o conflito bastante pessoal.
Para ilustrar tudo isso, Geoff Johns recheia a pancadaria desenfreada do Super contra Brainiac com diálogos inteligentes e interpretações marcantes. O controle do combate, e da situação, muda de lado diversas vezes, e o leitor nunca sabe o que esperar ao virar a próxima página. Até a Supergirl, quase sempre renegada ao segundo plano, aparece muito bem e desempenha um papel fundamental na trama. Na verdade, todos os coadjuvantes estão muito bem representados e ajudam a dar maior profundidade às cenas.
O único senão do roteiro é a baixa de um personagem cuja sina parece ser morrer sempre de forma trágica em todas as versões em que aparece. Isso não chega a ser uma falha que desmereça a obra, mas acredito que, da forma como foi apresentado, me pareceu um recurso desnecessário e até subaproveitado, embora reconheça seu alto valor dramático.
Falando um pouco dos desenhos, Gary Frank executa uma arte limpa, detalhista e cinematográfica, de modo que é possível sentir cada emoção marcada nos rostos dos personagens como se eles fossem de carne e osso. A sequência final dispensa qualquer texto, sendo plenamente compreendida no belo traço do artista.
Essa obra foi publicada no Brasil em versão encadernada pela Panini (que está fora de catálogo e ainda não teve reimpressão), e pela Eaglemoss, com extras, na coleção DC Graphic Novels.
Ficha Técnica
Veredito: O arco "Brainiac" não deve ser encarado como um clássico inquestionável do Superman, mas sim apreciado como uma das melhores histórias pré-reformulação dos Novos 52, tanto pela excelência de seu roteiro e arte, quanto pelo fato de ser, sem dúvida, um dos melhores confrontos do Super contra este vilão. Recomendo a todos os fãs do herói, inclusive aos iniciantes, uma vez que não é preciso ter lido nenhuma outra HQ do herói para compreender a história.
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