Em meio a tantos filmes de super-heróis, Power se destaca por possuir um bom elenco, efeitos visuais caprichados e ótimas cenas de ação. Uma nova droga sintética dá poderes aos seus usuários, escondendo segredos sobre sua origem.
Power - Crítica (sem spoilers)
Nos últimos tempos a Netflix tem investido cada vez mais em filmes originais com temas variados. Sendo assim, um longa que apresentasse pessoas com superpoderes, produzido pelo canal de streaming, já era esperado.
Mas, apesar da história um tanto genérica, Power tem alguns ingredientes próprios que fazem dele um bom filme de ação, com pitadas de humor, que deve agradar muitos fãs do gênero.
Poderes especiais
Quando você assiste ao filme uma coisa logo chama a atenção: o quão bem feitos os efeitos visuais dos poderes ficaram, ainda mais considerando que se trata de uma produção que não foi feita para o cinema.
As sequencias do rapaz que pega fogo, a lá Tocha Humana, e de um homem que tem tipo um poder de Camaleão, são dignas de um filme dos X-men. Isso, somado ao talento dos diretores na construção desses momentos e no corte preciso da edição, causam empolgação e aquele sentimento de angústia e imprevisibilidade que só uma boa cena de ação é capaz de nos causar.
Existem outros bons efeitos e momentos de ação presentes no filme, mas esses dois que eu citei, para mim, se destacam, além de uma cena curiosamente filmada do ponto de vista de alguém que está numa sala de vidro, acompanhando a confusão do lado de fora, feita de uma maneira quase experimental e com um resultado surpreendentemente bom.
Art/Robin/Frank
Apesar da trama principal ser focada no personagem Art (ou Major), interpretado por Jamie Foxx, que teve uma tragédia envolvendo sua esposa e sua filha, o grande destaque do filme acaba sendo a adolescente Robin, vivida pela atriz Dominique Fishback.
Além de carismática, Robin serve como um ponto de ligação entre as investigações de Art, que tem uma relação bem paternal com a garota, e as do policial Frank, interpretado por Joseph Gordon-Levitt, que funciona como uma espécie de irmão mais velho para ela, e também está determinado a encontrar o cabeça da operação de distribuição das drogas. Frank inclusive faz uso da pílula power, que lhe dá uma habilidade especial durante cinco minutos, criando um curioso conflito de interesses para o personagem.
Utilizando Robin para interligar as histórias, os diretores conseguem mostrar dois cenários distintos com ações simultâneas, sem precisar explicar demais o que está acontecendo. Além disso, a garota também tem seus próprios momentos e interage muito bem com os "heróis" do filme, servindo como aliada e trazendo bons alívios cômicos entre as constantes cenas de ação.
Potencial desperdiçado
Apesar de possuir uma trama simples e com personagens não muito profundos, Power apresenta elementos interessantes que criam expectativas para o que virá a seguir. O personagem Biggie de Rodrigo Santoro, por exemplo, tem toda a pinta de que vai ser o grande chefão a ser derrubado no final, tendo o capanga gigante e barbudo, que aparece sequestrando a filha de Art, como uma espécie de sub-chefe, mas suas participações e, principalmente, seus desfechos, acabam sendo inesperadamente rápidos e até decepcionantes.
Igualmente anti-climático é a parte final que, embora tenha algumas cenas legais, está bem abaixo do tom de vingança e confronto épico que se espera desse tipo de produção, e que o próprio filme prometeu entregar mas não cumpriu, causando a sensação de que tinha potencial para ter sido muito melhor.
Ficha Técnica
Veredito: Contando com uma ótima produção, efeitos de qualidade e um elenco com bons nomes envolvidos, Power é uma boa opção para quem está em busca de um filme de ação com uma pitada de superpoderes. Para os fãs de filmes de super-heróis também pode ser uma alternativa interessante pois o longa traz um tom mais de trama policial, inovando um pouco o gênero. Só não espere dramas profundos, atuações menos caricatas, ou um grande final que conclua a história de modo espetacular. Enfim, Power cumpre seu papel de divertir e proporcionar bons momentos de ação estilosa e poderes variados.
Curiosidades
* Com um orçamento de pouco mais de 85 milhões de dólares, algo grandioso para uma produção feita pela Netflix, Power teve suas filmagens finalizadas em 2018, ficando 2 anos em pós-produção, o que denota toda a atenção e dedicação da equipe na criação dos ótimos efeitos visuais do filme.
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