Continuando a elogiada fase de Jonathan Hickman à frente dos X-men, essa edição traz duas histórias de Potências de X, mostrando mais eventos do futuro, e Dinastia X traz "A Fabulosa vida de Moira X", uma história surpreendente!
X-men 2 - Crítica (sem spoilers)
O final da edição anterior de Dinastia X prometia alguma revelação importante para esse número 2. Mas, nem o fã mais entusiasmado dessa nova fase poderia estar preparado para o que Jonathan Hickman criou.
Moira MacTaggert sempre foi uma boa coadjuvante nas histórias dos X-men, pesquisadora, aliada dos mutantes e um elo de ligação com o passado de Xavier, e até do Magneto, nos tempos em que eles eram todos amigos.
Mas o que Hickman faz nessa edição ao coloca-la como protagonista e lhe dar um inusitado poder, que lhe permite revisitar a história dos mutantes e reinserir a personagem nesse novo contexto, é muito "fora da caixinha".
Dizer mais do que isso poderia comprometer a experiência para quem for ler a história pela primeira vez, mas é algo realmente genial e muito bem executado.
As duas próximas histórias são do título Potências de X, que continua destacando a resistência dos mutantes num futuro comandado por máquinas.
Antes disso porém, vemos o momento em que é selada a aliança entre Xavier e Magneto, e o planejamento de uma missão, liderada por Ciclope, para destruir uma estação orbital que pode vir a ser o ponto de origem na criação do Nimrod, um sentinela superavançado e carrasco de mutantes.
No futuro, vemos alguns elementos novos como um planeta denominado Nimbus, que se desenvolveu de tal maneira que acabou atraindo a atenção de uma Falange (esses termos são minuciosamente explicados pelo autor em textos complementares), e mais sobreviventes mutantes como Xorn e Krakoa.
Outra surpresa preparada por Hickman é a identidade do comandante dos X-men no futuro, um antigo inimigo que, coerentemente, lidera a causa da sobrevivência mutante contra o temível Nimrod e sua elite de máquinas. Nimrod, por sinal, vem sendo muito bem trabalhado pelo autor, que lhe imprime um senso de humor bizarro, um ego inflamado, uma ironia fina e uma crueldade extrema que supera qualquer lógica que se poderia esperar de um ser artificial.
Presos numa realidade sem chance de vitória, o pequeno grupo de X-men se joga numa missão suicida para garantir que uma importante informação seja enviada ao passado. A forma como isso é feito tem total ligação com o que foi visto na história de abertura desse volume, mostrando o quanto tudo está interligado.
Mais uma vez o trabalho dos desenhistas Pepe Larraz e R.B. Silva, e do colorista Marte Gracia trazem belos quadros, recheados de detalhes, que contribuem enormemente na tradução das complexas ideias do autor para o papel. E não deixe de ler os textos e gráficos anexos. Eles são essenciais para um bom entendimento da trama.
Ficha Técnica
Veredito: O trabalho criativo de Jonathan Hickman para os X-men continua a todo vapor. Para um autor tão detalhista, cada palavra vale. E não há palavras sobrando no seu texto, tudo se encaixa perfeitamente e leva o leitor cada vez mais para dentro do universo que ele está criando. Um universo nada otimista é verdade, mas que captura a nossa atenção e nos faz querer saber mais a cada virada de página. Ainda estou no aguardo de ver alguns heróis clássicos da equipe mutante em ação, o que deve ocorrer na próxima edição, mas a qualidade do que temos aqui é sem dúvida algo a ser lembrado por muitos anos. Então, se você ainda não leu, corra pegar a sua edição, porque vale muito a pena!
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