King Kong e Godzilla, dois dos maiores monstros do cinema, se encontram nessa super produção! O resultado é uma batalha de proporções épicas, onde apenas um poderá sair vencedor e reinar como o maior titã da Terra.
Godzilla vs Kong - Crítica (sem spoilers)
Ficha Técnica
Kong é um gorila gigante criado em 1933 para estrelar seu próprio filme, o clássico King Kong. Em sua história original, que foi recontada inúmeras vezes, Kong é capturado de seu habitat natural, a Ilha da Caveira, e levado para a cidade, como uma atração. A cena em que ele se liberta e escala um prédio enfrentando aviões com uma donzela nas mãos é uma das mais icônicas da história do cinema.
Godzilla (ou Gojira no original) é um monstro gigante fictício (kaiju), fruto dos efeitos da radiação, criado pela produtora japonesa Toho Film para estrelar o filme Gojira, de 1954. Com sua aparência que lembra um dinossauro, e a capacidade de emitir um poderoso raio atômico de sua boca, Godzilla protagonizou mais de 30 produções japonesas, entre filmes e animações, antes de migrar para Hollywood.
Godzilla vs Kong junta esses dois grandes monstros da cultura pop num filme que foi um fenômeno de bilheteria nos cinemas, em tempos de pandemia, e estreou essa semana no serviço de streaming HBO Max (já disponível no Brasil).
No filme, Kong é mantido em contenção em algum lugar da Ilha da Caveira e tem na amizade com a pequena Jia, a única coisa que o mantém calmo. Porém, após os estranhos ataques de Godzilla à civilização, uma mega empresa de tecnologia chamada Apex Cybernetics, decide usar Kong para encontrar um lugar chamado Terra Oca. Segundo teorias, esse local de grande extensão, existe no centro subterrâneo do planeta, abrigando animais pré-históricos e uma poderosa fonte de energia que poderia ser usada para deter o Godzilla.
A ideia e o visual da Terra Oca é um dos pontos altos do filme, e já foi apresentado em outras obras de ficção como o clássico A Viagem ao Centro da Terra, do escritor Júlio Verne.
A missão consiste em levar Kong num porta-aviões até a entrada desse lugar para que ele então possa relembrar suas origens e descobrir os segredos da fonte radioativa que emana de lá. Porém, Godzilla surge do mar para enfrenta-lo.
Esse primeiro confronto dos dois é incrível. Kong, que conta com a ajuda do exército que também ataca o Godzilla, ainda assim se encontra em grande desvantagem lutando na água contra uma criatura bem mais adaptada a esse meio.
Talvez por isso, e pelo fato de Godzilla ser retratado como "mal" no início do filme, é comum acabarmos torcendo para o "gorilão" nesse ponto da história. Mais adiante um novo vilão se revela, unindo os dois, como geralmente acontece nesses duelos.
Contando com uma ótima produção e efeitos visuais de primeira, as cenas de luta e destruição empolgam e enchem a tela com golpes poderosos, demolições, explosões e uma câmera que passeia em busca dos melhores ângulos, criando um espetáculo digno desses dois gigantes. As expressões e o visual geral dos protagonistas também impressiona, principalmente o Kong, que está mais "humano" do que nunca.
O roteiro entrega uma história fraca que se limita a oferecer o mínimo para justificar o confronto dos titãs, sem se preocupar em fazer muito sentido ou dar oportunidade para que algum personagem humano se sobressaia.
Talvez a pequena Jia tenha um destaque um pouco maior pela amizade que estabelece com Kong no filme. Os demais atores, incluindo a "estrela teen" Millie Bobby Brown e o bom Kyle Chandler tem atuações condizentes com o pouco cuidado e importância que recebem do roteiro, ou seja, sem muita inspiração.
Ficha Técnica
Veredito: Quem gosta de filmes de monstros gigantes se enfrentando, e destruindo cidades no processo, não vai ter do que se queixar ao assistir Godzilla vs Kong. O filme é repleto de ótimas cenas de ação e pancadaria entre esses e outros titãs que, de tão empolgantes, dá vontade de ver um filme inteiro só disso. Mas, apesar do fiapo de história que serve para garantir a presença humana na trama, o diretor não economiza em dar ao telespectador de filmes de ação o que ele realmente quer: muita diversão e sequencias de tirar o fôlego. E nesse quesito esse filme não decepciona.
Galeria de Imagens
* Esse é o segundo encontro dos dois titãs no cinema. O primeiro foi no filme King Kong versus Godzilla de 1963.
* O ator Kyle Chandler volta a aparecer num filme com King Kong, depois de ter participado, com outro personagem, do King Kong de Peter Jackson, em 2005.
* Este é o 36º filme com participação do Godzilla, e o 12º filme com o King Kong.
* O elenco do filme é verdadeiramente internacional, com atores do Reino Unido, Suécia, Japão, México, Nova Zelândia, Nigéria, Malásia, Austrália e dos Estados Unidos.
* Durante as filmagens, o diretor Adam Wingard costumava tocar músicas para estabelecer o tom da cena que filmavam e, ocasionalmente, introduzia efeitos sonoros para que o elenco reagisse aos enormes titãs, que seriam adicionados depois em efeitos visuais.
* Os produtores estimam que, se os titãs existissem de verdade, eles teriam em torno de 103 metros de altura (Kong) e 120 metros (Godzilla)!
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