21/06/2015

Review: Bayonetta 2


A bruxa Cereza está de volta com toda a sensualidade e adrenalina vista no primeiro game, numa nova aventura com bons gráficos, trilha sonora incrível e diálogos engraçados (e picantes), uma excelente opção para consoles Nintendo.





Bayonetta 2 - Crítica

O primeiro Bayonetta, lançado em 2009 para Xbox 360 e Playstation 3, surpreendeu muita gente ao misturar os controles frenéticos e a ambientação sobrenatural de Devil my Cry com uma protagonista feminina que esbanjava sensualidade e malícia nas telas. Apresentando bom desafio, gráficos e trilha sonora eletrizantes e muito bom humor, o game agradou em cheio e foi um sucesso de crítica e público. Infelizmente isso não foi suficiente para alavancar suas vendas, de modo que uma continuação só foi possível com uma ajudinha da Nintendo.

A exclusividade de Bayonetta 2 para Wii U causou um grande alvoroço no mercado, ainda mais sendo a Nintendo uma empresa tradicionalmente familiar e com um histórico recente de poucos jogos para o público adulto e hardcore. 

Mas a Platinum Games, em parceria com a Sega, souberam agradecer muito bem a "Big N', trazendo para o Wii U não apenas um, mas dois dos melhores games estilo "hack-and-slash" da atualidade. Sim, o primeiro game da sensual bruxa vem de brinde para quem adquirir a versão em mídia física de Bayonetta 2. 

Com Bayonetta 2, a produtora conseguiu aprimorar ainda mais o que já era ótimo. Com gráficos melhorados e coloridos, novos inimigos, e uma história ainda mais insana, o game tem tudo para cativa-lo logo na primeira cena, ou então para afasta-lo depois do primeiro combate. Quem já jogou o primeiro game vai se familiarizar rapidamente, mas aos iniciantes cabe um aviso: este não é um jogo convencional. 


Não espere por nada sério ou realista. Bayonetta 2 é feito para divertir, então saltos exagerados, golpes extravagantes e combos absurdos estão liberados e são a essência do jogo. Outra coisa muito marcante é a sensualidade da protagonista, representada por suas roupas apertadas (ou na ausência delas), poses que mostram detalhes de suas belas curvas e piadinhas de duplo sentido. Não há nada muito explícito, claro, mas ainda assim todo esse clima erótico pode desagradar a algumas pessoas.

Assim como Bayonetta, os personagens secundários esbanjam personalidade e são extremamente cativantes. Infelizmente o game não vem em português, mas quem entender um pouco de inglês ou espanhol vai se divertir muito com os diálogos espertos e bem humorados de Cereza e seus amigos. Os inimigos tem um visual estranho e ao mesmo tempo belo, lembrando muito o design de alguns animes. A ambientação, cenários e história são uma salada de elementos místicos, góticos, angelicais e infernais. 

Como já acontecia no primeiro game, o enredo e a construção das batalhas vai crescendo e se tornando cada vez mais épico a medida em que se aproxima do final, tornando o avanço das fases bastante prazeroso e criando uma grande expectativa por completar o jogo.

Os combates ocorrem num ritmo alucinante, parecendo uma montanha russa de sensações e adrenalina. O jogo não é particularmente fácil e apenas apertar os botões sem parar nem sempre irá funcionar, principalmente contra os chefes. Alguns inimigos deixam armas quando vencidos e fazer um uso estratégico delas e saber bloquear e desferir o golpe certo no momento exato pode fazer uma grande diferença para derrotar um oponente poderoso. Cereza também pode se transformar em animais para escapar dos inimigos. No final de cada combate existe uma classificação, e quanto melhor for o seu desempenho melhor será a nota e as recompensas que virão com ela.

Para compensar todo esse desafio, o game traz uma precisão incrível nos controles, o que é essencial para executar os inúmeros combos e golpes especiais que a personagem possui. Existe também a opção de utilizar o gamepad junto com a caneta stylus para executar comandos, como no game Wonderfull 101, mas eu não recomendo muito.

Os gráficos de Bayonetta 2 são muito bons e enchem a tela nas batalhas com inúmeros detalhes coloridos, sem queda de velocidade. Mesmo que num primeiro momento tudo possa parecer caótico e confuso, depois de algum tempo o jogador se acostuma e consegue apreciar a beleza do design criativo, a fluidez dos movimentos e a variedade de ataques tanto de Bayonetta, quanto de seus inimigos. Não há muitas cenas de animação no game, mas as que existem são bem legais. Com isso a maior parte da ação fica nas mãos do jogador, que vai precisar de habilidade para lidar com as mais variadas situações.


Algumas pessoas reclamaram dos diálogos em forma de "quadrinhos estáticos" que aparecem em boa parte do jogo. Mas eu admito que isso não me incomodou, na verdade achei até estiloso. O que eu considero ruim no game é a oscilação gráfica que ocorre em alguns momentos, fazendo surgir serrilhados e imagens menos nítidas, de repente. O game também apresenta algumas telas de carregamento bastante demoradas, e ainda que seja possível treinar golpes enquanto aguarda, isso pode se tornar um tanto chato com o tempo.

Outra coisa monótona, mas necessária, são as fases de exploração de cenários. Elas são importantes para descobrir poderes e tarefas que evoluam a personagem, mas ainda assim são cansativas e pouco interessantes, excetuando uma ou outra batalha que aparece de surpresa pra animar. 

Existem muitas cenas e combates épicos no game, algo muito valorizado pelos momentos "bullet time", onde o tempo para por alguns segundos e a personagem pode agir como quiser, pelas evocações de monstros gigantes que saem dos seus cabelos, e principalmente pela trilha sonora contagiante que te acompanha do início ao fim. A seleção é eclética e vai do jazz ao heavy metal, rock japonês, música pop, baladas românticas e até bossa nova! Algumas composições são versões de clássicos da Sega e da Nintendo, que irão surpreender e emocionar os fãs.

Existem outros itens que homenageiam títulos das duas produtoras, tais como os anéis que Bayonetta coleta, que lembram muito os de Sonic, e roupas especiais baseadas nos univesos de Metroid, Mario e Zelda.

Bayonetta 2 é dividido em 16 capítulos e tem uma duração média de 20 horas, mas o jogo apresenta uma quantidade enorme de itens para serem comprados, encontrados ou melhorados, de modo que o tempo para obter uma experiência completa é bem maior do que isso. Além disso, o game vem com o primeiro Bayonetta, que pode render muitas horas extras de jogatina.

Existe também um modo cooperativo online, o Tag Climax, que funciona na verdade como uma disputa onde os jogadores escolhem uma batalha e apostam para ver quem faz mais pontos.


Ficha Técnica



Veredito: Mesmo com alguns defeitos na parte gráfica, loads demorados e fases de exploração um pouco chatas, Bayonetta 2 vale muito a pena por ser um jogo envolvente e com batalhas extremamente divertidas. O clima picante e bem humorado da série, somado a uma galeria impagável de personagens e momentos épicos que farão seu coração acelerar de empolgação, fazem valer cada minuto. É um dos poucos games atuais que sabem recompensar o jogador pelo esforço e criar uma expectativa que vai crescendo a cada fase terminada. E ainda traz junto a primeira aventura, que não havia sido lançada originalmente para os consoles da Nintendo. Então, se você tem um Wii U e procura por um game exclusivo com muita ação exagerada e desafio hardcore, este é o seu jogo.




Galeria


     




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