Old Guard conta a história de seres imortais agindo como mercenários enquanto tentam conviver com as angústias e a melancolia de centenas de anos de traumas. Charlize Theron interpreta a líder do grupo, num filme repleto de ação.
Old Guard - Crítica (com alguns spoilers)
Chegando no local tudo dá muito errado e então descobrimos que essas pessoas tem algo de muito especial: o dom da imortalidade.
Pouco depois descobrimos que esses indivíduos são extremamente raros e estão na mira de uma gigante da indústria farmacêutica que pretende captura-los afim de lucrar com a produção de medicamentos provenientes de testes nesses imortais.
A seguir, acompanhamos uma jovem americana que renasce após ter sido morta numa missão militar. Após muitos anos uma nova imortal surge no mundo, chamando a atenção do grupo que consegue sentir a sua presença.
Inicia-se assim uma luta para sobreviver aos constantes ataques do conglomerado que deseja captura-los a todo custo, algo que rende boas cenas de ação, em especial uma que se passa numa espécie de museu, mas que não levam a lugar nenhum, tornando-se cansativo após um tempo.
A novata Nile, interpretada pela esforçada Kiki Layne, tem alguma motivação e exibe uma boa química com a personagem de Charlize Theron, sendo a cena do avião uma das minhas preferidas, ao contrário do resto do elenco que é muito limitado, não passa a veracidade de um ambiente familiar comum a pessoas que estão juntas a tanto tempo, nem tem personalidade ou carisma suficiente para fazer com que o expectador se importe com eles. Alguns até tem uns breves relances de um passado conturbado mas nada que chegue aos pés do drama vivido pela protagonista.
Do passado de Andy é que vem uma das personagens mais emblemáticas do filme, no sentido de representar muito bem o quanto uma condição de "viver para sempre" pode significar mais uma maldição do que uma dádiva.
A direção de Gina Prince-Bythewood, que tem entre os seus trabalhos os interessantes Antes que eu Vá e A Vida Secreta das Abelhas, entrega cenas de ação decentes e consegue extrair o melhor da protagonista, o que é bom mas não o suficiente para tornar o filme memorável ou mesmo destaca-lo entre os demais títulos do seu gênero. Apesar disso, a produção tem feito sucesso entre os assinantes da Netflix, e há rumores de que Charlize Theron pretende transformar o filme numa franquia. Inclusive, há uma cena no final que pode indicar qual será o rumo de uma possível continuação.
Ficha Técnica
Conclusão: Com uma trama focada mais na ação e centrada na protagonista vivida por Chalize Theron, Old Guard é um bom filme que segue a onda de produções com personagens femininas fortes em sequencias de muitos tiros e pancadaria, sem no entanto apresentar dramas e personagens cativantes o suficiente para torna-lo memorável. O tema da imortalidade é interessante e pode render boas ideias, como já provou o clássico Highlander, mas o foco aqui é outro e, tirando uma ou outra cena, a produção desperdiça grande parte do potencial que poderia vir dessa condição, mostrando tudo de forma bastante superficial. Enfim, é um filme mais recomendado para os fãs do gênero ação e que estejam com saudades de ver a intérprete de Atômica e Furiosa, sem esperar nada muito acima da média.
Curiosidades
* Antes de virar uma produção original da Netflix, Old Guard teve duas minisséries lançadas em quadrinhos pela Image Comics nos EUA, uma em 2017 e outra em 2020, pela mesma equipe criativa composta por Greg Rucka e Leandro Fernández
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