O Palhaço do Crime decidiu que seu longo conflito com o Batman deve chegar ao fim. Sem a ajuda de Alfred ou da bat família, o Homem-Morcego pode não estar na melhor hora para lidar com essa situação. Tem início A Guerra do Coringa!
Batman 48 - Crítica
Essa edição começa com a conclusão do arco Planos Sombrios onde Batman acredita estar enfrentando um antigo inimigo chamado Planejador mas, somente tarde demais, descobre que tudo não passava de um novo e maquiavélico plano do Coringa. De posse da identidade secreta do homem-morcego e seus aliados, o palhaço do crime está disposto a tudo para destruí-lo de uma vez por todas.
Distraindo o inimigo com ataques constantes e o sequestro da Mulher-gato, o Coringa utiliza de meios escusos para se apropriar da fortuna e de todos os bens de Bruce Wayne, o que inclui também a mansão e todos os equipamentos e veículos existentes na batcaverna!
Dentro da vasta galeria de vilões do Batman apontar o Coringa como o maior e mais mortal de todos é praticamente uma unanimidade. Por conta disso, os confrontos entre esses dois personagens são tão comuns e esperados pelos fãs, e alguns deles estão entre os grandes clássicos das histórias em quadrinhos.
Ao apresentar um Coringa bilionário e ciente de que Bruce Wayne é o Batman, o roteirista James Tynion IV busca dar novos ares a esse embate.
Nos dois primeiros capítulos da chamada Guerra do Coringa, vemos um Batman, ainda muito abalado pela recente perda do seu fiel amigo Alfred, ser atacado por uma toxina criada pela Gancho, a mais nova parceira do palhaço, bastante machucado e ainda tendo de lidar com terríveis alucinações. Nesse ponto é possível notar que o autor se esforça em tentar diferenciar essa nova vilã da Arlequina, dando a ela um tom menos sarcástico e mais cerebral e psicótico.
O próprio Coringa também parece mais contido em sua loucura, agindo de forma metódica para encurralar o morcego em todas as frentes, uma vez que Bruce Wayne, acusado de acordos ilícitos na construção de equipamentos para o Batman, tornou-se um foragido da lei. Tudo isso, claro, graças ao Coringa.
É interessante notar que todos em Gotham City sabem que o Coringa se apropriou de tudo dos Wayne, mas com tanto dinheiro em mãos ninguém pode toca-lo, nem consegue provar nada contra ele. Essa é uma abordagem que estamos acostumados a ver em outro vilão, Lex Luthor, mas nunca antes com o Coringa.
Outro aspecto curioso é que o Coringa, até o momento, não compartilhou com ninguém o segredo da identidade do Batman, nem com sua nova parceira, o que cria ansiedade sobre o que de mais terrível o palhaço está planejando.
Parte do plano do Coringa é revelado aqui, comprar todas as salas de cinema da cidade e oferecer 10 mil dólares a cada pessoa que comparecer à reestreia do antigo clássico A Marca do Zorro, o mesmo filme que o pequeno Bruce Wayne assistiu pouco antes de seus pais serem assassinados no Beco do crime. Com isso, o palhaço não só pretende realizar uma grande chacina, como também abalar ao Batman psicologicamente.
Mesmo entoxicado e alucinando, o homem-morcego não desiste e, com a ajuda da Arlequina, reúne forças para ir até o antigo cinema da última noite de vida de seus pais, em busca do Coringa. Essa sequência permite ao desenhista Jorge Jiménez mostrar todo o seu talento na criação de cenas que misturam ação e horror e são, visualmente, muito boas de acompanhar.
O autor traz ainda uma cena do passado, que reforça o quanto Batman considera o Coringa seu inimigo mais perigoso e imprevisível, e um vislumbre de como seria um futuro ideal para Gotham City, na visão do Batman, algo que contrasta com o caos que a cidade está vivendo no presente. Mais oportunidades para a bela arte de Jiménez se destacar. Porém, o excesso de cenas assim torna o ritmo um pouco lento.
Vale ainda uma menção ao Caçador de Palhaços, um personagem novinho em folha criado por Tynion para, possivelmente, ocupar uma vaga deixada pela ausência de algum Robin, mas que possui um estilo bem mais radical.
Ficha Técnica
Veredito: Ainda não é possível afirmar que A Guerra do Coringa já é um material imperdível para os fãs de quadrinhos em geral, mas tem bastante potencial para agradar aos fãs do Batman que gostam de histórias com mais ação e reviravoltas inesperadas. O roteirista James Tynion IV, que colecionou elogios em sua passagem pela revista Detective Comics, demonstra bom conhecimento da mitologia do morcego e, aliado ao traço chamativo do desenhista Jorge Jiménez, faz um bom trabalho nesse início de arco, apresentando ideias, e até novos personagens, que parecem promissores, mas que ainda precisam de um tempo para se provarem originais.
Galeria
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