06/07/2021

Review: Mad Max - Estrada da Fúria


Trinta anos depois, o lendário diretor George Miller cria uma versão ainda mais selvagem e explosiva dos clássicos filmes de apocalipse sobre rodas que marcaram uma geração e até hoje são referência para longas de ação.





Mad Max: Estrada da Fúria - Crítica

Sucesso nos anos 80, Mad Max teve três filmes, todos estrelados por Mel Gibson e dirigidos por George Miller.

O primeiro filme era bem violento mas menos exagerado, com um estilo mais realista. Porém, a partir do segundo filme, e principalmente no terceiro (aquele com a participação da diva da época Tina Tunner), as coisas começaram a ficar mais surtadas e o diretor exibiu um mundo bizarro onde tribos de jovens insanos vagam por cenários desérticos em carros turbinados e exóticos em busca de gasolina, o bem mais precioso que existe.



Mad Max - A Estrada da Fúria bebe muito dessa fonte dos dois últimos filmes, e consegue ser ainda mais extravagante e selvagem graças aos efeitos visuais incríveis nas cenas de ação e perseguição, que são o ponto alto do novo longa, e à mente do criador, o diretor original George Miller, que retorna à franquia com muita imaginação e liberdade para mostrar a sua visão do apocalipse.

Com todo um universo já estabelecido, o diretor claramente se preocupa mais com o visual do que com o roteiro. Os protagonistas Tom Hardy e Charlize Theron funcionam bem em sua estética durona e de poucos amigos. Max é tão calado quanto nos outros filmes, e atormentado pelo passado. Furiosa faz jus ao nome e busca reencontrar a família de quem foi roubada quando criança. E isso é tudo que se tem pra saber sobre eles. 



Apesar de o casal de protagonistas ser de ótimos atores, aqui eles não se esforçam muito em entregar muito mais do que o papel exige deles, exceção feita à cena em que Furiosa vê seu sonho chegar ao fim em meio às areias do deserto. A química entre eles, inclusive, é péssima, principalmente quando o roteiro sugere que eles iniciem um romance. O restante do elenco é equilibrado, com Nicholas Hoult roubando a cena em alguns momentos e o veterano Hugh Keays-Byrne marcando presença com o visual ameaçador do vilão Immortan Joe.

O cenário é basicamente composto por figuras bizarras agindo como loucos, fanáticos motorizados que não esperam nada mais que uma vida (ou morte) emocionante, vivendo de modo miserável num mundo cruel onde o petróleo e a água são raros e usados para escravizar pessoas. E apesar de tudo, é muito difícil não se empolgar, principalmente quando vemos as "batalhas" de veículos, que são verdadeiras armas, se enfrentando ao som de guitarras e tambores que estão mesmo ali, sobre os carros, incentivando seus companheiros como nos antigos exércitos medievais. 



As batalhas contam ainda com sequencias coreografadas e acrobáticas, dignas de uma apresentação do Cirque du Soleil. Bastante criativas, essas cenas exibem todo o talento e a paixão do diretor por sua obra.

Sem grandes surpresas, a trama parece seguir como os personagens, que viajam de um lado para o outro, quase à deriva, agindo de acordo com as circunstâncias e sem planejar muito. Parece pouco, mas é o suficiente para o que o filme se propõe: ser um espetáculo visual com cenas de ação alucinantes. A estética e o carisma da Furiosa faz a personagem se destacar, ofuscando o próprio Max. 


Ficha Técnica


Veredito: Fãs de filmes de ação e perseguição de carros, que não se incomodam com exageros e sequencias impossíveis, curtem figuras bizarras e clima de heavy metal e não estão nem aí para um roteiro elaborado, vão amar este filme. Os demais vão achar Mad Max - Estrada da Fúria um tanto extravagante. Mas ninguém pode negar que se trata de um ótimo filme de ação. 




Galeria de Imagens





* Ao invés de um remake, George Miller decidiu que o novo Mad Max aconteceria anos após o herói ter perdido sua família. O diretor disse que a intenção não era recontar a origem de Max e sim atualizar o seu universo para um novo público.

* Apesar das cenas espetaculares, mais de 80% dos efeitos visuais são verdadeiros, utilizando maquiagem, dublês, truques práticos e cenários. O uso de efeitos digitais foram usados com moderação, para melhorar a paisagem da Namíbia, país africano onde ocorreram as gravações, e para criar o braço mecânico da personagem Furiosa.

* A atriz Charlize Theron raspou a cabeça de verdade e precisou usar uma peruca em seu filme seguinte, o faroeste de comédia Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola.

* O quarto filme da série quase foi filmado em 2003, com Mel Gibson de volta ao papel principal, mas foi adiado devido a problemas de segurança para as gravações na Namíbia, e ao envolvimento de Gibson na produção do filme A Paixão de Cristo (2004).

* Hugh Keays-Byrne é o único que já havia atuado nos filmes originais, tendo vivido também um vilão em Mad Max (1979). 

* O ator Tom Hardy, que interpreta o herói Max Rockatansky, disse ter contrato assinado para mais 3 filmes da franquia. 



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